quarta-feira, 31 de março de 2021

Gênero: Conto Social. Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão Leitora.

 


Quarta-Feira,30 de Março de 2021.



 Gênero: Conto Social.

Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão Leitora.

Bom dia!

Hoje iremos conhecer um pouco sobre o autor “Antônio Torres”,(página 25 - livro didático),https://www.youtube.com/watch?v=a904wVKMCjQ&t=186s

Logo depois, iremos rever a definição de Conto Social-https://www.youtube.com/watch?v=lQxlpaaAj10.

Após assistir todos os vídeos, faça suas anotações caso seja necessário.

Em seguida, faremos nossa atividade.

Antes da atividade, sugiro que leia o texto - “Por um pé de feijão” (página 24 a 26 -Livro didático)

Atividade de Língua Portuguesa

1-De acordo com a apresentação do autor “Antônio Torres” faça um breve comentário - Como aconteceu a alfabetização do autor.https://www.youtube.com/watch?v=a904wVKMCjQ&t=186s

2- A imagem a seguir refere-se as duas questões que farão do livro didático,pg-28( 6 e 7). Deixem as respostas no blog.


3-De acordo com o texto  “Por um pé de feijão” (página 24 a 26 -Livro didático)No início da história, tudo parece correr bem, mas algo altera o curso dos acontecimentos.  

Que fato provoca essa mudança?


 4-Para você, qual é o ponto mais alto da história, isto é, qual é o momento de maior tensão nessa narrativa?


domingo, 28 de março de 2021

Gênero: Conto Social Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão.

 SEGUNDA -FEIRA ,29 DE MARÇO DE 2021

 Bom dia amados(as) alunos(as).

Gênero: Conto Social
Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão.


O objetivo dessa aula é identificar os elementos organizacionais e estruturais dos contos social e entender a finalidade desse gênero textual.

Vamos continuar trabalhando a Unidade I – Conto Social: “Por um pé de feijão” (página 24 a 26) de Antônio Torres.

Siga todas as orientações e tenha uma excelente aprendizagem!
1º passo- Você sabe o que é um conto social?
2º passo- Qual sua finalidade?
Agora observe com atenção-
 O conto social trata de temas como as dificuldades dos grupos sociais desprivilegiados ou das minorias, denunciando injustiças sociais.
Nos contos sociais, é comum haver referências a fatos e personagens históricos, pois esse gênero denuncia, por meio da ficção, injustiças sociais reais.
É comum que as personagens não sejam individualizadas, pois o que importa não é mostrar o drama do individuo, mas a realidade vivida por seu grupo social. O discurso direto é um dos recursos empregados nas narrativas para aproximar o leitor da realidade das personagens. ex: “- Como você se arranjou para chegar aqui?” Denuncia uma realidade que o autor deseja ver transformada. Caracterização positiva das personagens para que o leitor se solidarize com os problemas que elas vivem.

Agora você irá assistir os vídeos a seguir-https://www.youtube.com/watch?v=SX5kg7UUOa0  ( nosso livro didático, Unidade I – Conto Social: “Por um pé de feijão” (página 24 a 26) de Antônio Torres.)

https://www.youtube.com/watch?v=BWEH-g8hOw8  Podcast Por um pé de feijão- Antônio Torres-9anos-

Após assistir o vídeo e ouvir o Podcast, faça a leitura do texto no seu livro didático- Conto Social: “Por um pé de feijão” (página 24 a 26) de Antônio Torres.)

Em seguida, iremos fazer nossa atividade

Agora  responda: 1ª e 2ª questão da imagem acima.(deixe a resposta aqui no blog)




quarta-feira, 24 de março de 2021

Gênero: Conto Psicológico. Prática de Linguagem: Análise Linguística Semiótica – Período composto por coordenação (revisão)...

 QUARTA-FEIRA,24 DE MARÇO DE 2021

Gênero: Conto Psicológico.

Prática de Linguagem: Análise Linguística Semiótica – Período composto por coordenação (revisão)...

Bom dia!

Hoje faremos uma revisão sobre -Período composto por coordenação.

Primeiro vamos lembrar do que se trata o assunto, então vamos lá...

Período composto por coordenação:

No período composto por coordenação as orações se ligam pelo sentido, mas não existe dependência sintática entre elas.
As orações coordenadas subdividem-se em:
Assindéticas- Não são introduzidas por conjunção.
Ex.: Trabalhou, sempre irá trabalhar.
Sindéticas - São introduzidas por conjunção.
Esse tipo de oração se subdivide em:


1- Aditiva: ideia de adição, acréscimo. Principais conjunções usadas: e, nem, (não somente)... como também.

Ex.: O professor não somente elaborou exercícios como também uma extensa prova.

2- Adversativa: ideia de contraste, oposição. Principais conjunções usadas: mas, contudo, entretanto, porém...

Ex.: O professor elaborou um exercício simples, mas a prova foi bastante complexa.

3- Alternativa: ideia de alternância, exclusão. Principais conjunções usadas: quer...quer, ora...ora, ou...ou.

Ex.: Ou o professor elabora o exercício ou desiste de aplicar a prova.

4- Conclusiva: ideia de dedução, conclusão. Principais conjunções usadas: portanto, pois, logo...

Ex.: O professor não elaborou a prova, logo não poderá aplicá-la na data planejada.

5- Explicativa: ideia de explicação, motivo. Principais conjunções usadas: pois, porque.

Ex.: O professor não elaborou a prova, porque ficou doente.

Depois de revisar o conteúdo, assista os vídeos a seguir-
https://www.youtube.com/watch?v=BW7Aj1byS0c

https://www.youtube.com/watch?v=7k4m7P-pIJo

Logo após assistir os vídeos, faça anotações em seu caderno. Reveja se achar necessário e em seguida, prepare-se para a atividade.

Atividade de Língua Portuguesa

1-Assinale a única alternativa que possui uma oração coordenada assindética:
a) Defenda a vida, denuncie a violência contra a mulher.
b) Ele trabalha em casa e possui um escritório de advocacia.
c) A tecnologia é um bem, mas é instrumento de muitos crimes.
d) Quer chova, quer não, iremos à igreja.
e) Cuidado com seus pensamentos, pois eles se realizam.

2- Classifique as orações coordenadas a seguir:
a)Ele trabalha em casa e possui um escritório de advocacia.

b)A tecnologia é um bem, mas é instrumento de muitos crimes.

c)Quer chova, quer não, iremos à igreja.

d)Cuidado com seus pensamentos, pois eles se realizam.

3-A oração em destaque é:

Ele não conversa mais comigo, portanto, vou ignorá-lo também.

a) ( ) Oração coordenada sindética aditiva.

b) ( ) Oração coordenada sindética conclusiva.

c) ( ) Oração coordenada sindética explicativa.

d) ( ) Oração coordenada assindética.

                                                                                                   Um abraço da tia!

terça-feira, 16 de março de 2021

Gênero: Conto Psicológico. Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão Leitora.

Quarta-feira,17\03\2020

Gênero: Conto Psicológico.  Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão Leitora.

Bom dia queridos e queridas alunas, continuaremos com o estudo do texto -“Aquela água toda” (página 12 a 14) do livro didático.
Siga todas as orientações ,assim sua atividade terá nota máxima!
Teremos aula hoje no meet, correção da atividade

Vamos relembrar o que é um conto psicológico – É uma narrativa cujo  fato principal sempre está relacionado às lembranças e sentimentos dos personagens, o que acarreta a predominância do tempo psicológico, que flui de acordo com as emoções. A apresentação do enredo pode não seguir a ordem natural dos acontecimentos, já que o tempo das emoções não é linear; o espaço físico também é marcado do ponto de vista de como  são sentidas as experiências. 
Assista o vídeo a seguir para ampliar seu conhecimento referente ao conteúdo https://www.youtube.com/watch?v=eYrElBURpS4

Logo após o vídeo  responda as seguintes questões:
ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA

  1. Resuma em até 10 linhas o texto - “Aquela água toda” (página 12 a 14) do livro didático(deixe a resposta aqui no blog, não pode tirar resposta da internet. 
  2.  Defina com suas palavras o que é um conto psicológico e cite suas características. 
Obs: As demais observações serão feitas na aula via meet. ( 15 horas de hoje)

segunda-feira, 15 de março de 2021

Gênero: Conto Psicológico

 SEGUNDA-FEIRA,15 DE MARÇO DE 2021

 DISCIPLINA- LÍNGUA PORTUGUESA

Gênero: Conto Psicológico
Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão

Hoje é um dia muito especial, daremos início aos estudos através do livro didático.

Está curioso para conhecê-lo ? Então clique no link a seguir-https://www.youtube.com/watch?v=vzHbTTS0Lug .

Após assistir todo o vídeo ,clique agora no vídeo a seguir para conhecer mais características do gênero Conto Psicologico- https://www.youtube.com/watch?v=pmYCzqfx0Es .

Observe agora todas as orientações:




Livro ,caderno e caneta na mão, observe a imagem do livro na página 10 e 11 e faça uma breve reflexão.( Não é preciso escrever as respostas, apenas reflita)

Observe a fotografia e descreva a cena registrada.

Que sentimentos a imagem desperta em você?

Observando a cena registrada ,você consegue imaginar um conto psicológico ou conto social? Justifique.

OBS:O CONTO PSICOLOGICO E O CONTO SOCIAL TRATAM, RESPECTIVAMENTE ,DO MUNDO INTERIOR E DO MUNDO EXTERIOR DAS PERSONAGENS. EM SUA OPNIÃO ,CONTAR HISTÓRIAS PODE SER UMA FORMA DE PROMOVER O RESPEITO A SI E AOS OUTROS?

  • Vamos trabalhar a Unidade I – Conto Psicológico: “Aquela água toda” (página 12 a 14) de João Anzanello Carrascoza;
  • Faça a leitura do texto com muita atenção, caso queira ouvir também a leitura  indico ,esse link ( https://www.youtube.com/watch?v=ZhUrTWWxZGE ).
  •  Aqui você poderá ler e escutar a leitura do texto.
Logo depois será o momento de exercitar tudo que foi aprendido.

ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA
1- QUESTÃO -PG 15, QUESTÃO 4 E 5
2- QUESTÃO-PG 16,QUESTÃO 9

OBS: AS RESPOSTAS DEVEM SER COLOCADAS AQUI NO BLOG.NÃO É NECESSÁRIO MANDAR FOTO.

domingo, 7 de março de 2021

Ortografia: mas/mais.

                 SEGUNDA FEIRA,08 DE MARÇO DE 2021  


HABILIDADES -EF67LP32: Escrever palavras com correção ortográfica, obedecendo as convenções da língua escrita.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICOOrtografia: mas/mais.

Prática de Linguagem: Produção de textos Diferenças entre “mas e mais”:

Mas: A palavra “mas”, sem o “i”, pode ser uma conjunção, um substantivo comum ou um advérbio.

“Mas” quando for conjunção: Quando for uma conjunção adversativa, a palavrinha “mas” expressará sentido de oposição, ou seja, de ideia contrária. Sendo assim, ela poderá ser substituída por conjunções equivalentes, entre elas, porém, contudo, todavia, conquanto, entretanto.

“Mas” quando for um substantivo comum: Quando o "mas" for um substantivo, ele estará se referindo a um defeito, um senão.

“Mas” quando for um advérbio: Quando o "mas" for um advérbio, terá como função enfatizar uma informação.

Mais: Quando a palavra "mais" for assim, grafada com “i”, ela terá como objetivo conferir ideia de quantidade, exercendo portanto, a função de advérbio de intensidade. Por isso, estabelecerá um contraponto com a palavra menos.

Assista com muita atenção os vídeos a seguir: 

https://www.youtube.com/watch?v=lw1Qpea9r88

https://www.youtube.com/watch?v=2FeLcMBql4w

               ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA                        

1) Abaixo, como você pode observar, há a letra de uma música muito conhecida pelos brasileiros. Sua tarefa será a de escrever nos tracejados as palavras MAS ou MAIS. Para isso, fique atento ao contexto!
_________ Uma Vez
Renato Russo 
Composição : Renato Russo
__________ é claro que o sol vai voltar amanhã
__________ uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.

Tem gente que está do mesmo lado que você
__________ deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
_________ eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!

_________ é claro que o sol vai voltar amanhã
_________ uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
_________ eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!

Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!

2) Agora que você já completou os tracejados, a próxima tarefa é escrever uma justificativa para cada uso da palavra MAS e MAIS. Em outras palavras, você deverá explicar o porquê de ter optado por MAS ou MAIS.

3) Leia a frase com muita atenção - "Tem gente que está do mesmo lado que você/ mas deveria estar do lado de lá". 
Agora responda:
a)O que significa "estar do mesmo lado"?
b)Qual palavra contraria essa ideia?
c)Qual seria o "lado de lá"?
d)E por que o eu lírico afirma que há pessoas em lados errados? Isso pode ser percebido nos versos?


quinta-feira, 4 de março de 2021

Prática de Linguagem: Análise Linguística Semiótica – Frase, oração e período (revisão).

   05\03\21                                 Língua Portuguesa                                             

EF06LP08 : Identificar, em texto ou sequência textual, orações como unidades constituídas em torno de um núcleo verbal e períodos como conjunto de orações conectadas.
EF06LP09 : Classificar, em texto ou sequência textual, os períodos simples compostos.

  Preste muita atenção nos vídeos a seguir: 

https://www.youtube.com/watch?v=HRFbhthUO78

https://www.youtube.com/watch?v=ng7dFuszdXY

https://www.youtube.com/watch?v=Ana7P2q3Irc

Faça as anotações no caderno durante seu momento de estudo.

 Logo depois, leia com muita atenção o slide:

 https://drive.google.com/file/d/1CjhlM9guyL2kHEdU-vifV3OMOqz0e8E2/view?usp=sharing

                                       Atividade de Língua Portuguesa                                                           
FRASE E ORAÇÃO

HABILIDADE ( EF07LP04) Reconhecer, em textos, o verbo como núcleo das orações.

BANHO DE HISTÓRIA
Os hindus, religiosamente limpos
Nada daquilo que tanto surpreendeu os portugueses era novidade na Índia. Um papel extremamente importante na medicina indiana era desempenhado pelas estritas regras de higiene pessoal estabelecidas pela religião brâmane.
Recomendavam-se dieta vegetariana e abstinência de álcool: havia grande ênfase na limpeza corporal, com banhos frequentes e remoção imediata dos excrementos e do lixo de dentro das casas. [ ... ]
Os indianos tomavam banho ao acordar e ao deitar, e os rituais de higiene pessoal variavam conforme a casta. Os jovens nobres iniciavam sua requintada toalete esfregando os dentes com uma raiz, aplicando colírio e mascando folhas de bétel. O banho era tomado em uma sala na casa ou no rio, em cuja margem era instalado um aparato para o conforto dos banhistas. Antes de entrar n’água, o nobre indiano esfregava seu corpo com pós perfumados. Aplicava óleos nos cabe­los e no corpo, deitando-se em uma cama para ser massageado. A seguir vinha o banho em si, no qual era utilizado um sabão espumoso. [ ... ]Eduardo Bueno. Passando a limpo: história da higiene pessoal no Brasil. São Paulo:Gabarito,2007. P. 15-17.

1. Releia o título do texto.
Banho de história
a) Com base no texto, formule uma explicação para esse título.
b) Ao considerarmos o contexto, é possível concluir que o título apresenta sen­tido completo? Explique.
2. Agora, releia esta frase, extraída do texto:
Óleos e gorduras animais serviam de base para cremes, loções e pomadas de uso diário ou medicinal.
a) Identifique a forma verbal dessa frase.
b) Essa frase apresenta sentido completo?

Nas atividades anteriores, há dois tipos de frase. No título do texto, em­bora a frase não apresente verbo, é possível compreendê-la pelo seu con­texto. Já a frase da atividade 2 apresenta um verbo.

Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas que apresenta sentido completo. Há a frase nominal, que não tem verbo, e a frase verbal, que apresenta um ou mais verbos (ou locução verbal). Há também a oração, que é um enunciado organizado em torno de um único verbo ou de uma locução verbal. O verbo (ou a locução verbal) é o núcleo da oração.

3. Veja os títulos abaixo.

Introdução

Como se forma uma nascente de água

Nascentes de águas termais

Nascentes de água mineral

a) Todos esses títulos são frases? Explique.
b) Quais desses títulos são frases nominais? Justifique sua resposta.
c) Algum desses títulos é uma oração? Por quê?
4. Releia o trecho abaixo.
Muitos rios começam em uma fonte natural, e muitas pessoas dependem de nascentes para seu abastecimento de água.

• Nesse trecho existe apenas uma oração? Justifique sua resposta.


PERÍODO


5. Leia mais um trecho extraído do livro Passado a limpo.

Os cuidados de higiene e beleza consistiam na grande ocupação das nobres indianas. A exemplo dos homens, as damas eram massageadas com óleos perfu­mados para ficar com a pele macia e os músculos rijos.

a) A primeira frase é uma oração. Qual é o núcleo dela?
b) Quantas orações há na segunda frase? Justifique sua resposta.
c) Quais são essas orações?


Observe que a primeira frase do trecho acima é uma oração, pois nela há um verbo: consistiam. Na segunda, existe mais de uma oração, pois nes­sa frase há mais de uma forma verbal: eram e ficar. Essas frases são cha­madas, respectivamente, de período simples e período composto. Veja, no esquema a seguir, a estrutura de cada um desses períodos.

PERÍODO SIMPLES                         PERÍODO COMPOSTO                                                              

Formado por uma oração
Formado por mais de uma oração

Os cuidados de higiene e beleza consistiam na grande ocupação das nobres indianas.
A exemplo dos homens, as damas eram massageadas com óleos perfumados para ficar com a pele macia e os músculos rijos.

Dá-se o nome de período à frase organizada por uma ou mais orações. O período inicia-se com letra maiúscula e termina com a pontuação adequada ao que se quer expressar. Há dois tipos de período: período simples (formado por uma oração) e período composto (formado por mais de uma oração).

6. Releia, a seguir, um parágrafo retirado do texto "Banho de história".

As casas dos egípcios abastados tinham uma sala de banho, onde os criados lavavam seus senhores, despejando a água de uma bacia sobre eles. A banheira só chegaria ao Egito com os romanos. Antes disso, os egípcios tornavam banho sen­tados em uma cadeira, e a água era escoada por um sistema de canalização de terracota. Como sabão, era usada uma mistura à base de cimas ou argila, geral­mente perfumada. Também havia poções combinando óleos vegetais, gorduras animais e sais alcalinos, para limpeza ou tratamento de doenças de pele. As ablu­ções diárias eram realizadas de manhã e antes das refeições. [ ... ]

a) Quantos períodos há nesse parágrafo?
b) Transcreva no caderno os períodos simples.
c) Por que os períodos identificados na resposta ao item anterior são classifi­cados como simples?
d) Quantas orações há no primeiro período composto do parágrafo? Quais são essas orações?
e) Indique o núcleo de cada uma das orações identificadas no item d.


7.Leia o texto a seguir, publicado em um livro paradidático sobre os parques na­cionais do Brasil.

Parque Nacional Aparados da Serra
Há 130 milhões de anos, quando os dinossauros ainda vagavam por aqui. começaram a se formar os cânions do Aparados da Serra. Talvez alguns desses imensos répteis tenham até mesmo caído nesses enormes abismos...
O Aparados da Serra reúne cânions de até 900 metros de altura. forrados por mata atlântica e araucárias, com quedas-d'água altíssimas. O maior cânion é Itaimbezinho, com 5.9 quilômetros de extensão e 600 metros de largura. [ ... ]

Nurrt Bensusan. Lebintnos parques nacionars São Paulo· Pe1rópol1s, 2012 p 22-23


a) Qual é o assunto principal desse texto?
b) O texto é introduzido por uma informação histórica. Qual é a relação entre essa informação e o assunto tratado?
c) As frases presentes no primeiro parágrafo do texto formam que tipo de pe­ríodo? Justifique sua resposta com base nos verbos.
d) As frases do segundo parágrafo estão organizadas em que tipo de período?
e) Relacione o uso do tipo de período identificado no item anterior ao conteúdo desse parágrafo.





terça-feira, 2 de março de 2021

Gênero - Conto

 

ATIVIDADE DE LÍNGUA PORTUGUESA       03\03\2021

Gênero: Conto

Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão Leitora

Assista o vídeo com muita atenção

https://www.youtube.com/watch?v=jbeCHhizkwE

Logo depois ,faça a leitura do conto.

                     Venha ver o pôr do sol – Lygia Fagundes Telles
ELA SUBIU sem pressa a tortuosa ladeira. À medida que avançava, as casas iam rareando, modestas casas espalhadas sem simetria e ilhadas em terrenos baldios. No meio da rua sem calçamento, coberta aqui e ali por um mato rasteiro, algumas crianças brincavam de roda. A débil cantiga infantil era a única nota viva na quietude da tarde.

Ele a esperava encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinham um jeito jovial de estudante.
– Minha querida Raquel.
Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos.
– Vejam que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que idéia, Ricardo, que idéia! Tive que descer do taxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima.
Ele sorriu entre malicioso e ingênuo.
– Jamais, não é? Pensei que viesse vestida esportivamente e agora me aparece nessa elegância…Quando você andava comigo, usava uns sapatões de sete-léguas, lembra?
– Foi para falar sobre isso que você me fez subir até aqui? – perguntou ela, guardando as luvas na bolsa. Tirou um cigarro. – Hem?!
– Ah, Raquel… – e ele tomou-a pelo braço rindo.
– Você está uma coisa de linda. E fuma agora uns cigarrinhos pilantras, azul e dourado…Juro que eu tinha que ver uma vez toda essa beleza, sentir esse perfume. Então fiz mal?
– Podia ter escolhido um outro lugar, não? – Abrandara a voz – E que é isso aí? Um cemitério?
Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portão de ferro, carcomido pela ferrugem.
– Cemitério abandonado, meu anjo. Vivos e mortos, desertaram todos. Nem os fantasmas sobraram, olha aí como as criancinhas brincam sem medo – acrescentou, lançando um olhar às crianças rodando na sua ciranda. Ela tragou lentamente. Soprou a fumaça na cara do companheiro. Sorriu. – Ricardo e suas idéias. E agora? Qual é o programa?
Brandamente ele a tomou pela cintura.
– Conheço bem tudo isso, minha gente está enterrada aí. Vamos entrar um instante e te mostrarei o pôr do sol mais lindo do mundo.
Perplexa, ela encarou-o um instante. E vergou a cabeça para trás numa risada.
– Ver o pôr do sol!…Ah, meu Deus…Fabuloso, fabuloso!…Me implora um último encontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr do sol num cemitério…
Ele riu também, afetando encabulamento como um menino pilhado em falta.
– Raquel minha querida, não faça assim comigo. Você sabe que eu gostaria era de te levar ao meu apartamento, mas fiquei mais pobre ainda, como se isso fosse possível. Moro agora numa pensão horrenda, a dona é uma Medusa que vive espiando pelo buraco da fechadura…
– E você acha que eu iria?
– Não se zangue, sei que não iria, você está sendo fidelíssima. Então pensei, se pudéssemos conversar um instante numa rua afastada…- disse ele, aproximando-se mais. Acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos. Ficou sério. E aos poucos, inúmeras rugazinhas foram se formando em redor dos seus olhos ligeiramente apertados. Os leques de rugas se aprofundaram numa expressão astuta. Não era nesse instante tão jovem como aparentava. Mas logo sorriu e a rede de rugas desapareceu sem deixar vestígio. Voltou-lhe novamente o ar inexperiente e meio desatento –Você fez bem em vir.
– Quer dizer que o programa… E não podíamos tomar alguma coisa num bar?
– Estou sem dinheiro, meu anjo, vê se entende.
– Mas eu pago.
– Com o dinheiro dele? Prefiro beber formicida. Escolhi este passeio porque é de graça e muito decente, não pode haver passeio mais decente, não concorda comigo? Até romântico.
Ela olhou em redor. Puxou o braço que ele apertava.
– Foi um risco enorme Ricardo. Ele é ciumentíssimo. Está farto de saber que tive meus casos. Se nos pilha juntos, então sim, quero ver se alguma das suas fabulosas idéias vai me consertar a vida.
– Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que você se arrisque, meu anjo. Não tem lugar mais discreto do que um cemitério abandonado, veja, completamente abandonado – prosseguiu ele, abrindo o portão. Os velhos gonzos gemeram. – Jamais seu amigo ou um amigo do seu amigo saberá que estivemos aqui.
– É um risco enorme, já disse . Não insista nessas brincadeiras, por favor. E se vem um enterro? Não suporto enterros.
– Mas enterro de quem? Raquel, Raquel, quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?! Há séculos ninguém mais é enterrado aqui, acho que nem os ossos sobraram, que bobagem. Vem comigo, pode me dar o braço, não tenha medo…
O mato rasteiro dominava tudo. E, não satisfeito de ter se alastrado furioso pelos canteiros, subira pelas sepulturas, infiltrando-se ávido pelos rachões dos mármores, invadira alamedas de pedregulhos esverdinhados, como se quisesse com a sua violenta força de vida cobrir para sempre os últimos vestígios da morte. Foram andando vagarosamente pela longa alameda banhada de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como uma estranha música feita do som das folhas secas trituradas sobre os pedregulhos. Amuada mas obediente, ela se deixava conduzir como uma criança. Às vezes mostrava certa curiosidade por uma ou outra sepultura com os pálidos medalhões de retratos esmaltados.
– É imenso, hem? E tão miserável, nunca vi um cemitério mais miserável, é deprimente – exclamou ela atirando a ponta do cigarro na direção de um anjinho de cabeça decepada.- Vamos embora, Ricardo, chega.
– Ah, Raquel, olha um pouco para esta tarde! Deprimente por quê? Não sei onde foi que eu li, a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da tarde, está no crepúsculo, nesse meio-tom, nessa ambigüidade. Estou lhe dando um crepúsculo numa bandeja e você se queixa.
– Não gosto de cemitério, já disse. E ainda mais cemitério pobre.
Delicadamente ele beijou-lhe a mão.
– Você prometeu dar um fim de tarde a este seu escravo.
– É, mas fiz mal. Pode ser muito engraçado, mas não quero me arriscar mais.
– Ele é tão rico assim?
– Riquíssimo. Vai me levar agora numa viagem fabulosa até o Oriente. Já ouviu falar no Oriente? Vamos até o Oriente, meu caro…
Ele apanhou um pedregulho e fechou-o na mão. A pequenina rede de rugas voltou a se estender em redor dos seus olhos. A fisionomia, tão aberta e lisa, repentinamente escureceu, envelhecida. Mas logo o sorriso reapareceu e as rugazinhas sumiram.
– Eu também te levei um dia para passear de barco, lembra?
Recostando a cabeça no ombro do homem, ela retardou o passo.
– Sabe Ricardo, acho que você é mesmo tantã…Mas, apesar de tudo, tenho às vezes saudade daquele tempo. Que ano aquele! Palavra que, quando penso, não entendo até hoje como agüentei tanto, imagine um ano.
– É que você tinha lido A dama das Camélias, ficou assim toda frágil, toda sentimental. E agora? Que romance você está lendo agora. Hem?
– Nenhum – respondeu ela, franzindo os lábios. Deteve-se para ler a inscrição de uma laje despedaçada: – A minha querida esposa, eternas saudades – leu em voz baixa. Fez um muxoxo.- Pois sim. Durou pouco essa eternidade.
Ele atirou o pedregulho num canteiro ressequido.
Mas é esse abandono na morte que faz o encanto disto. Não se encontra mais a menor intervenção dos vivos, a estúpida intervenção dos vivos. Veja- disse, apontando uma sepultura fendida, a erva daninha brotando insólita de dentro da fenda -, o musgo já cobriu o nome na pedra. Por cima do musgo, ainda virão as raízes, depois as folhas…Esta a morte perfeita, nem lembrança, nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso.
Ela aconchegou-se mais a ele. Bocejou.
– Está bem, mas agora vamos embora que já me diverti muito, faz tempo que não me divirto tanto, só mesmo um cara como você podia me fazer divertir assim – Deu-lhe um rápido beijo na face. – Chega Ricardo, quero ir embora.
– Mais alguns passos…
– Mas este cemitério não acaba mais, já andamos quilômetros! – Olhou para atrás. – Nunca andei tanto, Ricardo, vou ficar exausta.
– A boa vida te deixou preguiçosa. Que feio – lamentou ele, impelindo-a para frente. – Dobrando esta alameda, fica o jazigo da minha gente, é de lá que se vê o pôr do sol. – E, tomando-a pela cintura: – Sabe, Raquel, andei muitas vezes por aqui de mãos dadas com minha prima. Tínhamos então doze anos. Todos os domingos minha mãe vinha trazer flores e arrumar nossa capelinha onde já estava enterrado meu pai. Eu e minha priminha vínhamos com ela e ficávamos por aí, de mãos dadas, fazendo tantos planos. Agora as duas estão mortas.
– Sua prima também?
– Também. Morreu quando completou quinze anos. Não era propriamente bonita, mas tinha uns olhos…Eram assim verdes como os seus, parecidos com os seus. Extraordinário, Raquel, extraordinário como vocês duas…Penso agora que toda a beleza dela residia apenas nos olhos, assim meio oblíquos, como os seus.
– Vocês se amaram?
– Ela me amou. Foi a única criatura que…- Fez um gesto. – Enfim não tem importância.
Raquel tirou-lhe o cigarro, tragou e depois devolveu-o
– Eu gostei de você, Ricardo.
– E eu te amei. E te amo ainda. Percebe agora a diferença?
Um pássaro rompeu o cipreste e soltou um grito. Ela estremeceu.
– Esfriou, não? Vamos embora.
– Já chegamos, meu anjo. Aqui estão meus mortos.
Pararam diante de uma capelinha coberta de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par. A luz invadiu um cubículo de paredes enegrecidas, cheias de estrias de antigas goteiras. No centro do cubículo, um altar meio desmantelado, coberto por uma toalha que adquirira a cor do tempo. Dois vasos de desbotada opalina ladeavam um tosco crucifixo de madeira. Entre os braços da cruz, uma aranha tecera dois triângulos de teias já rompidas, pendendo como farrapos de um manto que alguém colocara sobre os ombro do Cristo. Na parede lateral, à direita da porta, uma portinhola de ferro dando acesso para uma escada de pedra, descendo em caracol para a catacumba.
Ela entrou na ponta dos pés, evitando roçar mesmo de leve naqueles restos da capelinha.
– Que triste é isto, Ricardo. Nunca mais você esteve aqui?
Ele tocou na face da imagem recoberta de poeira. Sorriu melancólico.
– Sei que você gostaria de encontrar tudo limpinho, flores nos vasos, velas, sinais da minha dedicação, certo?
– Mas já disse que o que eu mais amo neste cemitério é precisamente esse abandono, esta solidão. As pontes com o outro mundo foram cortadas e aqui a morte se isolou total. Absoluta.
Ela adiantou-se e espiou através das enferrujadas barras de ferro da portinhola. Na semi-obscuridade do subsolo, os gavetões se estendiam ao longo das quatro paredes que formavam um estreito retângulo cinzento.
– E lá embaixo?
– Pois lá estão as gavetas. E, nas gavetas, minhas raízes. Pó, meu anjo, pó- murmurou ele. Abriu a portinhola e desceu a escada. Aproximou-se de uma gaveta no centro da parede, segurando firme na alça de bronze, como se fosse puxá-la. – A cômoda de pedra. Não é grandiosa?
Detendo-se no topo da escada, ela inclinou-se mais para ver melhor.
– Todas estas gavetas estão cheias?
– Cheias?…- Sorriu.- Só as que tem o retrato e a inscrição, está vendo? Nesta está o retrato da minha mãe, aqui ficou minha mãe- prosseguiu ele, tocando com as pontas dos dedos num medalhão esmaltado, embutido no centro da gaveta.
Ela cruzou os braços. Falou baixinho, um ligeiro tremor na voz.
– Vamos, Ricardo, vamos.
– Você está com medo?
– Claro que não, estou é com frio. Suba e vamos embora, estou com frio!
Ele não respondeu. Adiantara-se até um dos gavetões na parede oposta e acendeu um fósforo. Inclinou-se para o medalhão frouxamente iluminado:
– A priminha Maria Emília. Lembro-me até do dia em que tirou esse retrato. Foi umas duas semanas antes de morrer… Prendeu os cabelos com uma fita azul e vejo-a se exibir, estou bonita? Estou bonita?…- Falava agora consigo mesmo, doce e gravemente.- Não, não é que fosse bonita, mas os olhos…Venha ver, Raquel, é impressionante como tinha olhos iguais aos seus.
Ela desceu a escada, encolhendo-se para não esbarrar em nada.
– Que frio que faz aqui. E que escuro, não estou enxergando…
Acendendo outro fósforo, ele ofereceu-o à companheira.
– Pegue, dá para ver muito bem…- Afastou-se para o lado.- Repare nos olhos.
– Mas estão tão desbotados, mal se vê que é uma moça…- Antes da chama se apagar, aproximou-a da inscrição feita na pedra. Leu em voz alta, lentamente.- Maria Emília, nascida em vinte de maio de mil oitocentos e falecida…- Deixou cair o palito e ficou um instante imóvel – Mas esta não podia ser sua namorada, morreu há mais de cem anos! Seu menti…
Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor. A peça estava deserta. Voltou o olhar para a escada. No topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso meio inocente, meio malicioso.
– Isto nunca foi o jazigo da sua família, seu mentiroso? Brincadeira mais cretina! – exclamou ela, subindo rapidamente a escada. – Não tem graça nenhuma, ouviu?
Ele esperou que ela chegasse quase a tocar o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e saltou para trás.
– Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! – ordenou, torcendo o trinco.- Detesto esse tipo de brincadeira, você sabe disso. Seu idiota! É no que dá seguir a cabeça de um idiota desses. Brincadeira mais estúpida!
– Uma réstia de sol vai entrar pela frincha da porta, tem uma frincha na porta. Depois, vai se afastando devagarinho, bem devagarinho. Você terá o pôr do sol mais belo do mundo.
Ela sacudia a portinhola.
– Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente!- Sacudiu a portinhola com mais força ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso. – Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra…
Ele já não sorria. Estava sério, os olhos diminuídos. Em redor deles, reapareceram as rugazinhas abertas em leque.
– Boa noite, Raquel.
– Chega, Ricardo! Você vai me pagar!… – gritou ela, estendendo os braços por entre as grades, tentando agarrá-lo.- Cretino! Me dá a chave desta porcaria, vamos!- exigiu, examinando a fechadura nova em folha. Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando.
– Não, não…
Voltado ainda para ela, ele chegara até a porta e abriu os braços. Foi puxando as duas folhas escancaradas.
– Boa noite, meu anjo.
Os lábios dela se pregavam um ao outro, como se entre eles houvesse cola. Os olhos rodavam pesadamente numa expressão embrutecida.
– Não…
Guardando a chave no bolso, ele retomou o caminho percorrido. No breve silêncio, o som dos pedregulhos se entrechocando úmidos sob seus sapatos. E, de repente, o grito medonho, inumano:
– NÃO!
Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de um animal sendo estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora qualquer chamado. Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.
Lygia Fagundes Telles In:.Antes do Baile Verde. 1970.

Agora responda as questões de acordo com o texto lido( as resposta deixe aqui no blog)

1-Em que momento ocorre o clímax nesta história?

2- De que maneira o desfecho acaba surpreendendo o leitor?

3- Por que o nome do conto é Venha ver o pôr do sol? Justifique sua resposta com um trecho do mesmo.

4- Produza um mapa mental de acordo com o conto e envie para a professora (PV)


segunda-feira, 1 de março de 2021

 O1 DE MARÇO DE 2021

Atividade de Língua Portuguesa 
Gênero: Revisão de conto
Prática de Linguagem: Leitura e Compreensão
 Caso queira ouvir a leitura do conto no youtube https://www.youtube.com/watch?v=fYXbCwMLb2c
Em seguida responda todas as questões proposta aqui no blog.
O conto a ser estudado na aula de hoje está logo abaixo.
As questões a serem respondidas estão após o texto.


Venha ver o pôr do sol – Lygia Fagundes Telles


Ele a esperava encostado a uma árvore. Esguio e magro, metido num largo blusão azul-marinho, cabelos crescidos e desalinhados, tinham um jeito jovial de estudante.
– Minha querida Raquel.
Ela encarou-o, séria. E olhou para os próprios sapatos.
– Vejam que lama. Só mesmo você inventaria um encontro num lugar destes. Que idéia, Ricardo, que idéia! Tive que descer do taxi lá longe, jamais ele chegaria aqui em cima.


Ele sorriu entre malicioso e ingênuo.
– Jamais, não é? Pensei que viesse vestida esportivamente e agora me aparece nessa elegância…Quando você andava comigo, usava uns sapatões de sete-léguas, lembra?
– Foi para falar sobre isso que você me fez subir até aqui? – perguntou ela, guardando as luvas na bolsa. Tirou um cigarro. – Hem?!
– Ah, Raquel… – e ele tomou-a pelo braço rindo.
– Você está uma coisa de linda. E fuma agora uns cigarrinhos pilantras, azul e dourado…Juro que eu tinha que ver uma vez toda essa beleza, sentir esse perfume. Então fiz mal?
– Podia ter escolhido um outro lugar, não? – Abrandara a voz – E que é isso aí? Um cemitério?
Ele voltou-se para o velho muro arruinado. Indicou com o olhar o portão de ferro, carcomido pela ferrugem.
– Cemitério abandonado, meu anjo. Vivos e mortos, desertaram todos. Nem os fantasmas sobraram, olha aí como as criancinhas brincam sem medo – acrescentou, lançando um olhar às crianças rodando na sua ciranda. Ela tragou lentamente. Soprou a fumaça na cara do companheiro. Sorriu. – Ricardo e suas idéias. E agora? Qual é o programa?
Brandamente ele a tomou pela cintura.
– Conheço bem tudo isso, minha gente está enterrada aí. Vamos entrar um instante e te mostrarei o pôr do sol mais lindo do mundo.
Perplexa, ela encarou-o um instante. E vergou a cabeça para trás numa risada.
– Ver o pôr do sol!…Ah, meu Deus…Fabuloso, fabuloso!…Me implora um último encontro, me atormenta dias seguidos, me faz vir de longe para esta buraqueira, só mais uma vez, só mais uma! E para quê? Para ver o pôr do sol num cemitério…
Ele riu também, afetando encabulamento como um menino pilhado em falta.
– Raquel minha querida, não faça assim comigo. Você sabe que eu gostaria era de te levar ao meu apartamento, mas fiquei mais pobre ainda, como se isso fosse possível. Moro agora numa pensão horrenda, a dona é uma Medusa que vive espiando pelo buraco da fechadura…
– E você acha que eu iria?
– Não se zangue, sei que não iria, você está sendo fidelíssima. Então pensei, se pudéssemos conversar um instante numa rua afastada…- disse ele, aproximando-se mais. Acariciou-lhe o braço com as pontas dos dedos. Ficou sério. E aos poucos, inúmeras rugazinhas foram se formando em redor dos seus olhos ligeiramente apertados. Os leques de rugas se aprofundaram numa expressão astuta. Não era nesse instante tão jovem como aparentava. Mas logo sorriu e a rede de rugas desapareceu sem deixar vestígio. Voltou-lhe novamente o ar inexperiente e meio desatento –Você fez bem em vir.
– Quer dizer que o programa… E não podíamos tomar alguma coisa num bar?
– Estou sem dinheiro, meu anjo, vê se entende.
– Mas eu pago.
– Com o dinheiro dele? Prefiro beber formicida. Escolhi este passeio porque é de graça e muito decente, não pode haver passeio mais decente, não concorda comigo? Até romântico.
Ela olhou em redor. Puxou o braço que ele apertava.
– Foi um risco enorme Ricardo. Ele é ciumentíssimo. Está farto de saber que tive meus casos. Se nos pilha juntos, então sim, quero ver se alguma das suas fabulosas idéias vai me consertar a vida.
– Mas me lembrei deste lugar justamente porque não quero que você se arrisque, meu anjo. Não tem lugar mais discreto do que um cemitério abandonado, veja, completamente abandonado – prosseguiu ele, abrindo o portão. Os velhos gonzos gemeram. – Jamais seu amigo ou um amigo do seu amigo saberá que estivemos aqui.
– É um risco enorme, já disse . Não insista nessas brincadeiras, por favor. E se vem um enterro? Não suporto enterros.
– Mas enterro de quem? Raquel, Raquel, quantas vezes preciso repetir a mesma coisa?! Há séculos ninguém mais é enterrado aqui, acho que nem os ossos sobraram, que bobagem. Vem comigo, pode me dar o braço, não tenha medo…
O mato rasteiro dominava tudo. E, não satisfeito de ter se alastrado furioso pelos canteiros, subira pelas sepulturas, infiltrando-se ávido pelos rachões dos mármores, invadira alamedas de pedregulhos esverdinhados, como se quisesse com a sua violenta força de vida cobrir para sempre os últimos vestígios da morte. Foram andando vagarosamente pela longa alameda banhada de sol. Os passos de ambos ressoavam sonoros como uma estranha música feita do som das folhas secas trituradas sobre os pedregulhos. Amuada mas obediente, ela se deixava conduzir como uma criança. Às vezes mostrava certa curiosidade por uma ou outra sepultura com os pálidos medalhões de retratos esmaltados.
– É imenso, hem? E tão miserável, nunca vi um cemitério mais miserável, é deprimente – exclamou ela atirando a ponta do cigarro na direção de um anjinho de cabeça decepada.- Vamos embora, Ricardo, chega.
– Ah, Raquel, olha um pouco para esta tarde! Deprimente por quê? Não sei onde foi que eu li, a beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da tarde, está no crepúsculo, nesse meio-tom, nessa ambigüidade. Estou lhe dando um crepúsculo numa bandeja e você se queixa.
– Não gosto de cemitério, já disse. E ainda mais cemitério pobre.
Delicadamente ele beijou-lhe a mão.
– Você prometeu dar um fim de tarde a este seu escravo.
– É, mas fiz mal. Pode ser muito engraçado, mas não quero me arriscar mais.
– Ele é tão rico assim?
– Riquíssimo. Vai me levar agora numa viagem fabulosa até o Oriente. Já ouviu falar no Oriente? Vamos até o Oriente, meu caro…
Ele apanhou um pedregulho e fechou-o na mão. A pequenina rede de rugas voltou a se estender em redor dos seus olhos. A fisionomia, tão aberta e lisa, repentinamente escureceu, envelhecida. Mas logo o sorriso reapareceu e as rugazinhas sumiram.
– Eu também te levei um dia para passear de barco, lembra?
Recostando a cabeça no ombro do homem, ela retardou o passo.
– Sabe Ricardo, acho que você é mesmo tantã…Mas, apesar de tudo, tenho às vezes saudade daquele tempo. Que ano aquele! Palavra que, quando penso, não entendo até hoje como agüentei tanto, imagine um ano.
– É que você tinha lido A dama das Camélias, ficou assim toda frágil, toda sentimental. E agora? Que romance você está lendo agora. Hem?
– Nenhum – respondeu ela, franzindo os lábios. Deteve-se para ler a inscrição de uma laje despedaçada: – A minha querida esposa, eternas saudades – leu em voz baixa. Fez um muxoxo.- Pois sim. Durou pouco essa eternidade.
Ele atirou o pedregulho num canteiro ressequido.
Mas é esse abandono na morte que faz o encanto disto. Não se encontra mais a menor intervenção dos vivos, a estúpida intervenção dos vivos. Veja- disse, apontando uma sepultura fendida, a erva daninha brotando insólita de dentro da fenda -, o musgo já cobriu o nome na pedra. Por cima do musgo, ainda virão as raízes, depois as folhas…Esta a morte perfeita, nem lembrança, nem saudade, nem o nome sequer. Nem isso.
Ela aconchegou-se mais a ele. Bocejou.
– Está bem, mas agora vamos embora que já me diverti muito, faz tempo que não me divirto tanto, só mesmo um cara como você podia me fazer divertir assim – Deu-lhe um rápido beijo na face. – Chega Ricardo, quero ir embora.
– Mais alguns passos…
– Mas este cemitério não acaba mais, já andamos quilômetros! – Olhou para atrás. – Nunca andei tanto, Ricardo, vou ficar exausta.
– A boa vida te deixou preguiçosa. Que feio – lamentou ele, impelindo-a para frente. – Dobrando esta alameda, fica o jazigo da minha gente, é de lá que se vê o pôr do sol. – E, tomando-a pela cintura: – Sabe, Raquel, andei muitas vezes por aqui de mãos dadas com minha prima. Tínhamos então doze anos. Todos os domingos minha mãe vinha trazer flores e arrumar nossa capelinha onde já estava enterrado meu pai. Eu e minha priminha vínhamos com ela e ficávamos por aí, de mãos dadas, fazendo tantos planos. Agora as duas estão mortas.
– Sua prima também?
– Também. Morreu quando completou quinze anos. Não era propriamente bonita, mas tinha uns olhos…Eram assim verdes como os seus, parecidos com os seus. Extraordinário, Raquel, extraordinário como vocês duas…Penso agora que toda a beleza dela residia apenas nos olhos, assim meio oblíquos, como os seus.
– Vocês se amaram?
– Ela me amou. Foi a única criatura que…- Fez um gesto. – Enfim não tem importância.
Raquel tirou-lhe o cigarro, tragou e depois devolveu-o
– Eu gostei de você, Ricardo.
– E eu te amei. E te amo ainda. Percebe agora a diferença?
Um pássaro rompeu o cipreste e soltou um grito. Ela estremeceu.
– Esfriou, não? Vamos embora.
– Já chegamos, meu anjo. Aqui estão meus mortos.
Pararam diante de uma capelinha coberta de alto a baixo por uma trepadeira selvagem, que a envolvia num furioso abraço de cipós e folhas. A estreita porta rangeu quando ele a abriu de par em par. A luz invadiu um cubículo de paredes enegrecidas, cheias de estrias de antigas goteiras. No centro do cubículo, um altar meio desmantelado, coberto por uma toalha que adquirira a cor do tempo. Dois vasos de desbotada opalina ladeavam um tosco crucifixo de madeira. Entre os braços da cruz, uma aranha tecera dois triângulos de teias já rompidas, pendendo como farrapos de um manto que alguém colocara sobre os ombro do Cristo. Na parede lateral, à direita da porta, uma portinhola de ferro dando acesso para uma escada de pedra, descendo em caracol para a catacumba.
Ela entrou na ponta dos pés, evitando roçar mesmo de leve naqueles restos da capelinha.
– Que triste é isto, Ricardo. Nunca mais você esteve aqui?
Ele tocou na face da imagem recoberta de poeira. Sorriu melancólico.
– Sei que você gostaria de encontrar tudo limpinho, flores nos vasos, velas, sinais da minha dedicação, certo?
– Mas já disse que o que eu mais amo neste cemitério é precisamente esse abandono, esta solidão. As pontes com o outro mundo foram cortadas e aqui a morte se isolou total. Absoluta.
Ela adiantou-se e espiou através das enferrujadas barras de ferro da portinhola. Na semi-obscuridade do subsolo, os gavetões se estendiam ao longo das quatro paredes que formavam um estreito retângulo cinzento.
– E lá embaixo?
– Pois lá estão as gavetas. E, nas gavetas, minhas raízes. Pó, meu anjo, pó- murmurou ele. Abriu a portinhola e desceu a escada. Aproximou-se de uma gaveta no centro da parede, segurando firme na alça de bronze, como se fosse puxá-la. – A cômoda de pedra. Não é grandiosa?
Detendo-se no topo da escada, ela inclinou-se mais para ver melhor.
– Todas estas gavetas estão cheias?
– Cheias?…- Sorriu.- Só as que tem o retrato e a inscrição, está vendo? Nesta está o retrato da minha mãe, aqui ficou minha mãe- prosseguiu ele, tocando com as pontas dos dedos num medalhão esmaltado, embutido no centro da gaveta.
Ela cruzou os braços. Falou baixinho, um ligeiro tremor na voz.
– Vamos, Ricardo, vamos.
– Você está com medo?
– Claro que não, estou é com frio. Suba e vamos embora, estou com frio!
Ele não respondeu. Adiantara-se até um dos gavetões na parede oposta e acendeu um fósforo. Inclinou-se para o medalhão frouxamente iluminado:
– A priminha Maria Emília. Lembro-me até do dia em que tirou esse retrato. Foi umas duas semanas antes de morrer… Prendeu os cabelos com uma fita azul e vejo-a se exibir, estou bonita? Estou bonita?…- Falava agora consigo mesmo, doce e gravemente.- Não, não é que fosse bonita, mas os olhos…Venha ver, Raquel, é impressionante como tinha olhos iguais aos seus.
Ela desceu a escada, encolhendo-se para não esbarrar em nada.
– Que frio que faz aqui. E que escuro, não estou enxergando…
Acendendo outro fósforo, ele ofereceu-o à companheira.
– Pegue, dá para ver muito bem…- Afastou-se para o lado.- Repare nos olhos.
– Mas estão tão desbotados, mal se vê que é uma moça…- Antes da chama se apagar, aproximou-a da inscrição feita na pedra. Leu em voz alta, lentamente.- Maria Emília, nascida em vinte de maio de mil oitocentos e falecida…- Deixou cair o palito e ficou um instante imóvel – Mas esta não podia ser sua namorada, morreu há mais de cem anos! Seu menti…
Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio. Olhou em redor. A peça estava deserta. Voltou o olhar para a escada. No topo, Ricardo a observava por detrás da portinhola fechada. Tinha seu sorriso meio inocente, meio malicioso.
– Isto nunca foi o jazigo da sua família, seu mentiroso? Brincadeira mais cretina! – exclamou ela, subindo rapidamente a escada. – Não tem graça nenhuma, ouviu?
Ele esperou que ela chegasse quase a tocar o trinco da portinhola de ferro. Então deu uma volta à chave, arrancou-a da fechadura e saltou para trás.
– Ricardo, abre isto imediatamente! Vamos, imediatamente! – ordenou, torcendo o trinco.- Detesto esse tipo de brincadeira, você sabe disso. Seu idiota! É no que dá seguir a cabeça de um idiota desses. Brincadeira mais estúpida!
– Uma réstia de sol vai entrar pela frincha da porta, tem uma frincha na porta. Depois, vai se afastando devagarinho, bem devagarinho. Você terá o pôr do sol mais belo do mundo.
Ela sacudia a portinhola.
– Ricardo, chega, já disse! Chega! Abre imediatamente, imediatamente!- Sacudiu a portinhola com mais força ainda, agarrou-se a ela, dependurando-se por entre as grades. Ficou ofegante, os olhos cheios de lágrimas. Ensaiou um sorriso. – Ouça, meu bem, foi engraçadíssimo, mas agora preciso ir mesmo, vamos, abra…
Ele já não sorria. Estava sério, os olhos diminuídos. Em redor deles, reapareceram as rugazinhas abertas em leque.
– Boa noite, Raquel.
– Chega, Ricardo! Você vai me pagar!… – gritou ela, estendendo os braços por entre as grades, tentando agarrá-lo.- Cretino! Me dá a chave desta porcaria, vamos!- exigiu, examinando a fechadura nova em folha. Examinou em seguida as grades cobertas por uma crosta de ferrugem. Imobilizou-se. Foi erguendo o olhar até a chave que ele balançava pela argola, como um pêndulo. Encarou-o, apertando contra a grade a face sem cor. Esbugalhou os olhos num espasmo e amoleceu o corpo. Foi escorregando.
– Não, não…
Voltado ainda para ela, ele chegara até a porta e abriu os braços. Foi puxando as duas folhas escancaradas.
– Boa noite, meu anjo.
Os lábios dela se pregavam um ao outro, como se entre eles houvesse cola. Os olhos rodavam pesadamente numa expressão embrutecida.
– Não…
Guardando a chave no bolso, ele retomou o caminho percorrido. No breve silêncio, o som dos pedregulhos se entrechocando úmidos sob seus sapatos. E, de repente, o grito medonho, inumano:
– NÃO!
Durante algum tempo ele ainda ouviu os gritos que se multiplicaram, semelhantes aos de um animal sendo estraçalhado. Depois, os uivos foram ficando mais remotos, abafados como se viessem das profundezas da terra. Assim que atingiu o portão do cemitério, ele lançou ao poente um olhar mortiço. Ficou atento. Nenhum ouvido humano escutaria agora qualquer chamado. Acendeu um cigarro e foi descendo a ladeira. Crianças ao longe brincavam de roda.
Lygia Fagundes Telles In:.Antes do Baile Verde. 1970.

Questões
Obs- Não precisa mandar foto da atividade.

01. O narrador descreve o cenário no qual as personagens irão se encontrar. Que cenário é esse? Qual a importância dele na narrativa?

02. A partir do diálogo estabelecido entre as personagens, sabemos como era Raquel e como ela está agora. O que mudou na personagem? E em relação à situação financeira dos personagens, o que ocorreu?

03. A ideia de Ricardo, a princípio, parece estranha: ver o pôr do sol em um cemitério. No entanto, ele tranquiliza o leitor. Que argumentos ele usou para convencê-lo de que o passeio poderia ser bom?

04. Como Ricardo convence a ex-namorada a entrar na catacumba? O que essa personagem descobre nesse momento? Qual a sua reação?

05. É possível afirmar que o crime foi premeditado? Utilize fatos do texto para comprovar sua resposta.

06. O narrador, no final do conto, diz que a personagem Raquel, ao tomar consciência de sua condição, lança gritos semelhantes aos de um animal. Explique essa comparação.



07. Nesse caso, é possível afirmar que o conto tem um desfecho inesperado? Comente a resposta dada.






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  QUARTA-FEIRA, 01 DE SETEMBRO DE 2021 BOM DIA,QUERIDOS(AS) ALUNOS(AS)! HOJE IREMOS TRABALHAR SOBRE- TESE Leia com muita atenção as informaç...